quinta-feira, 7 de abril de 2011

Carta de Confissão nº 01

Dr.

Levada por um súbito ímpeto alcoólico (sim, estou bebericando uma taça de vinho), resolví lhe escrever para lhe dizer, a meia luz em que me encontro e ao som do jazz que ouço, que a suave brisa que entra pela sacada e balança de leve meus cabelos semi presos, me faz pensar em você com uma saudade de um sei lá o que... com um desejo de ouvir sua voz... com uma vontade de voltar no tempo e poder cantar baixinho em seu ouvido e em seguida roçar de leve meus lábios em seu pescoço, sua nuca, seu peito... Mordiscar sua boca, agarrar seus cabelos e com uma voz rouca lhe pedir que me devore...

Desculpe a ousadia, mas de repente fiquei saudosa de você... de nossos sonhos não realizados... de nossa juventude perdida... de nós dois juntos desejando ser e sentir coisas que jamais alguém imaginou...

Perdoe meu excesso de coragem, minha carência demasiada ou meu saudosismo exagerado... Mas precisava dizer aquilo que minha garganta prende, que meus sentidos anseiam, que meus póros exalam...
Neste instante, mesmo em pensamentos, você é meu... absurdamente e loucamente meu...


Da sua R.


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