quinta-feira, 9 de junho de 2011

Carta de Confissão nº 2

Dr.

Mais uma vez o vento veio no meio da noite me tirar o sono e o sossego... Ele entrou fresco, silencioso e acariciou meu rosto. Mexeu meus cabelos e sussurrou seu nome em meu ouvido.
Um arrepio percorreu a pele. Tive medo do que senti...
Minha boca úmida se abriu vagarosamente a espera do seu beijo quente; sentí o ar me faltar.
Desejei seu cheiro, sua saliva, seu suor... desejei o peso do seu corpo sobre o meu. Tremí...
Me descobri outra vez saudosa e ousada.
Saudosa dos dias e noites que não tivemos, saudosa do que desejamos pra nós dois, saudosa de mim, de você...
Sentí meu corpo febril arder de desejo e sufoquei o grito preso na garganta.
Me vi acariciando seu peito, fitando seus movimentos e mordi os lábios de vontade de você. Me vi completamente refém do seu olhar, que parecia tão intenso, tão real...
Na madrugada, o vento me trouxe você... me trouxe sons, memórias e uma sensação esquisita aqui no estômago.
E da mesma forma que o vento te trouxe, ele te levou. E eu adormeci com seu gosto, ainda em êxtase, satisfeita e... inteiramente sua... 

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